O
TABERNÁCULO
A Tenda do
“Encontro”, mais conhecido como Tabernáculo, esteve entre o povo de Israel
durante um período de mais ou menos 360 anos desde a época de Moisés até o
reinado de Salomão onde o tabernáculo foi substituído pelo Templo.
Com a morte de
Moisés e a chegada do povo à Canaã, o Tabernáculo foi estabelecido em Siló
conforme o mandado do Senhor. (Dt 12.5/Js 18.1).
O Tabernáculo
permaneceu em Siló até a derrota do povo de Israel frente aos Filisteus,
episódio onde morreram os filhos do Sacerdote Eli, Hofni e Finéias (I Sm 4), e
a partir deste momento, ao que parece, o Tabernáculo foi transferido para
cidade de Nobe, cidade que fica perto de Gibeá no território de Benjamim à
apenas alguns km de Jerusalém.
Para
alguns comentaristas o Tabernáculo saiu de Siló e foi direto para Gibeão, mas
segundo o texto de (I Sm 21) Davi fugindo do rei Saul vai até Nobe se encontrar
com o Sacerdote Aimeleque e ali ele pede comida para ele e seus homens e o
Sacerdote oferece os “Pães da Presença” que ficava diante do Senhor no Lugar
Santo “E sobre a mesa porás os pães da proposição perante mim continuamente” Ex:
25.30. Só quem poderia comer desses pães eram “Arão e seus filhos”
representando assim toda a linhagem sacerdotal:
“...
Em cada dia de sábado, isso se porá em
ordem perante o Senhor continuamente; e, a favor dos filhos de Israel, um pacto
perpétuo. Pertencerão os pães a Arão e a seus filhos, que os comerão em lugar
santo, por serem coisa santíssima para eles, das ofertas queimadas ao Senhor
por estatuto perpétuo.” (Lv 24.8-9).
E
foi este justamente o momento em que o Sacerdote Aimeleque ofereceu os Pães
Sagrados a Davi e a seus homens, no dia em que estes seriam trocados por Pães “quentes”
ou “novos” (ISm 21.6).
Estas
referências nos mostram que todo o conjunto do Tabernáculo tinha sido transferido
para Nobe logo que saíra de Siló. Um ponto importante é que a Arca da Aliança
não estava mais no Tabernáculo em Nobe, pois a Arca do Senhor tinha sido tomada
dos filhos de Israel na guerra contra os Filisteus e levada para Asdode e logo depois
introduzida no templo do deus Dagon “Os filisteus, pois, tomaram a arca de
Deus, e a levaram de Ebenézer a Asdode. Então os filisteus tomaram a arca de
Deus e a introduziram na casa de Dagom, e a puseram junto a Dagom” (I Sm 5.1-2). Após
uma série de pestes, em que Deus julgou os deuses Filisteus (I Sm 5.7), eles
fizeram subir a Arca para Bete-Semes (Israel) e de Bete-Semes a Arca foi levada
a Quiriate-Jearim na casa de Abinadabe (ISm 7.1) e da casa de Abinadabe a Arca
foi trazida por Davi até Obede-Edom onde ficou por 3 meses por causa da morte
de Uzá (II Sm 6.11) e após os 3 meses subiu a Jerusalém (A cidade de Davi).
A
Arca de Deus neste tempo estava “habitando” em uma tenda que não era o
Tabernáculo, pois o Tabernáculo se encontrava em Gibeão “Pois o tabernáculo do Senhor que Moisés fizera no deserto, e o altar do
holocausto, estavam naquele tempo no alto de Gibeão” (I Cr 21-29) e a Arca
em Sião “para fazerem subir da cidade de
Davi, que é Sião, a arca do pacto do Senhor” (II Cr 5.2). O Tabernáculo
após subir de Nobe permaneceu em Gibeão até a construção do Templo de Salomão
onde os utensílios do Tabernáculo e a Arca foram trazidos para o Templo (II Cr
5).
Por: Dennis Gusmão Almeida
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