Dennis
Gusmão Almeida.
DEUSES
DO ANTIGO TESTAMENTO
Neste
trabalho a principal fonte utilizada foi a Bíblia sagrada. Foi utilizada também
a busca em sites sobre divindades pagãs dos tempos bíblicos, não entrando na
pesquisa deuses cujos nomes não aparecem nas Escrituras (salvo os do Egito e em
sua descrição explico as causas).
Por
ser uma pesquisa realizada com esforços próprios e sem a utilização de material
mais aprofundado percebo o seu caráter menos detalhado por se deixar de fora
algumas divindades que aparecem principalmente nos relatos dos Profetas. As delimitações dadas a esta pesquisa foram
por ordem de importância e aparecimento nos relatos das Sagradas Escrituras, o
que já torna tal trabalho desafiador.
·
DEUSES DO EGITO:
Os deuses do
Egito não possuem seus nomes colocados na Bíblia mais as referencias de (Ex
12.12 e Ex 18.11) mostram que o Senhor em cada uma das pragas para realizar
juízo sobre todos os deuses do Egito e por isso abaixo esta a lista dos
principais deuses do Egito ligados às pragas.
Rá:
deus das trevas e deus do sol
Set:
Protetor da colheita
Ísis:
Deusa da vida
Hapi:
Espírito do Nilo
Hect:
Tinha forma de rã
Hathor:
deusa mãe com forma de vaca
Mnevis:
Touro sagrado
Imotepe:
deus da medicina
Hórus:
deus das trevas e deus do sol
Osíris:
Doador da vida (Nilo era seu sangue)
Nut:
deusa do céu
·
DEUSES BABILÔNICOS
Bel – Marduque:
Bel – Marduque
ou Marudaque é a principal divindade babilônica que aparece no nome modificado
de Daniel (Beltessazar = Bel proteja sua vida). Em Dn 1.2 aparece que os
utensílios da Casa do Senhor foram levados para a casa do deus da Babilônia,
Bel.
·
DEUSES DAS DEMAIS NAÇÕES
Aserá:
Uma deusa-mãe
canaanita conhecida como deusa da fertilidade e do amor que se assemelha a
deusa Afrodite e Diana (deusas gregas e romanas das cidades de Corinto e Éfeso respectivamente).
Em algumas culturas ela é vista como mãe de Baal.
Asera
ou aserá era adorada em forma de poste-idolo ou árvore nos os montes de Israel
como relatado em Dt 16: 21 “Não plantarás nenhuma árvore como
aserá, ao pé do altar do Senhor teu Deus, que fizeres”.
.
Dagom:
Dagon é o
principal deus dos filisteus, aparece pela primeira vez no livro de Juízes na
história de Sansão (Jz 16.23), mas a referencia mais marcante é a de (I Sm 5)
onde Deus aparece fazendo juízo contra este deus humilhando-o dentre de seu
próprio templo, o que causou grande temor entre as cidades filistéias.
Baal:
Principal deus
dos fenícios cujo nome significa marido, senhor ou esposo. A maior parte da
congregação de Israel o seguiu chegando ao ponto de o Senhor achar apenas 7.000
homens dentre o povo, que não dobraram seus joelhos a este deus como esta
relatado em I Reis 19: 18.
Em Ezequiel 23.1-49, Deus nos alerta que seu povo tinha se transformado
numa prostituta (Aolá e Aolibá) indo atrás de outro marido que é uma citação
direta que nos mostra o grau de alcance que a adoração a baal chegou entre os
Hebreus.
A maior parte
dos reis de Israel serviram a outros deuses, muitos deles, adoravam a baal e
aqueles que não adoravam também não retiravam suas imagens das cidades
israelitas. Um dos exemplos mais significativos é o de Acabe, considerado o
pior rei de Israel, que casou com Jezabel cujo nome significa “Esposa de baal”,
filha de Etbaal (de baal) rei dos Sidônios como relata (I Re 16.31). Além de
oficializar o culto a baal entre o povo de Israel já sob o reino dividido do
norte.
Baal é conhecido
também como o deus do sol, chuva, trovões, fertilidade e da agricultura.
Moloque:
Moloque, também conhecido como a “abominação
dos amonitas” (I Re 11.7). O termo abominação é oriundo dos sacrifícios
exigidos por este deus pagão, pois Moloque exigia de seus seguidores o sacrifício
humano, mais especificamente crianças, por isto sua imagem é feita como um
forno onde eram realizadas as ofertas.
Deus
em sua revelação nunca exigiu de seu povo o sacrifício humano e proibiu
expressamente que o povo passasse seus filhos pelo fogo (Lv 18.21) e em (Lv
20.2) condenou a morte todos que dentre o povo sacrificasse a este deus. Em
Israel estes sacrifícios a Moloque ficaram tão constantes que até mesmo o rei
Acaz passou seu filho pelo fogo (I Re 16.2-3).
Rainha do Céu:
A rainha do céu,
conhecida também como semirames para alguns povos pagãos é a deusa citada em
(Jr 7.18). Onde o contexto indica que parte do povo passou a oferecer
sacrifícios e libações a esta deusa. Alguns pesquisadores associam esta deusa
pagã com a imagem de “nossa senhora” adorada pelos católicos.
Bezerro de Ouro:
O
Bezerro de ouro aparece em dois momentos distintos na história de Israel. O
primeiro momento foi com o povo recém-saído da terra do Egito que, por medo do
sumiço de Moisés, pensou que este havia morrido no monte e como Israel foi um
povo formado no território do Egito, que é um povo politeísta, sendo acostumado
às imagens daquilo que adoravam, rapidamente pediram para Arão para que criasse
estas imagens de fundição Ex 32.4-5. Alguns teólogos utilizam esta passagem
para afirmar que este bezerro não se trata de outro deus mais sim que o povo
realmente pensava ser esta a “imagem do Senhor que os tirou do Egito”.
O
segundo momento foi a partir do reino dividido e sob o governo de Jeroboão,
onde o rei por medo do povo se voltar para Roboão por conta dos dias de
adoração que segundo a lei deveria ser realizada no lugar que o Senhor
escolhesse, isto é, Jerusalém (Dt 12.14), mandou fazer dois bezerros de
fundição e instituiu a adoração a estes sobre
Israel, uma prática seguida por quase todos os demais reis de Israel (I
Re 12.28). Este pecado ficou conhecido como o “o caminho ou pecados de Jeroboão”.
Quemós
Quemós, um deus
pagão conhecido também como a “abominação dos moabitas” e segundo o relato de
Jeremias esta divindade de Moabe possuía até mesmo sacerdotes entre o povo de
Israel.
II Reis 23: 13 O rei profanou também os altos que
estavam ao oriente de Jerusalém, à direita do Monte de Corrupção, os quais
Salomão, rei de Israel, edificara a Astarote, abominação dos sidônios, a Quemós, abominação dos moabitas, e a
Milcom, abominação dos filhos de Amom.
Jeremias 48: 7
Pois, porquanto confiaste nas tuas obras e nos teus tesouros, também tu serás
tomada; e Quemós sairá para o
cativeiro, os seus sacerdotes e os seus príncipes juntamente.
Neustã:
Neustã é o nome dado a serpente de
bronze presa no madeiro, feita por Moisés no deserto para que todo aquele que
fosse picado pelas serpentes venenosas olhando para ela fosse curado (Nm 21.
6-9).
Em jo 3.14 vemos que esta serpente
de bronze é um tipo de Cristo que simboliza que todo aquele que olhar para seu
sacrifício no madeiro viverá.
Neustã é citada em (II Re 18.4)
passagem que nos mostra que no decorrer dos anos esta serpente feita por Moisés
passou a ser adorada pelo povo como se fosse uma divindade lha servindo até com
incensos. Sua imagem foi retirada de Israel por Ezequias filho de Acaz rei de
Judá (II Re 18.1).
Nebo:
Isaías
15:
2 Subiu a filha de Dibom aos altos para chorar; por Nebo e por Medeba
pranteia Moabe; em todas as cabeças há calva, e toda barba é rapada.
Tamuz:
Uma
divindade dos Sumérios. Segundo a história mitológica Tamuz é um humano que
veio a se tornar um deus associado com a agricultura e vegetação. Um deus que
segundo a tradição mitológica foi um jovem que morreu e ressuscitou no ano
seguinte (como acontece com a vegetação todos os anos)
Na
Bíblia Tamuz aparece sendo adorado dentro do Templo do Senhor onde as mulheres
do povo aparecem chorando por razão de sua “morte” (Ez 8.14).
Ezequiel 08: 14
“Depois me levou à entrada da porta da casa do Senhor, que olha para o norte; e
eis que estavam ali mulheres assentadas chorando por Tamuz."
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