terça-feira, 24 de setembro de 2013


Dennis Gusmão Almeida.


DEUSES DO ANTIGO TESTAMENTO
Neste trabalho a principal fonte utilizada foi a Bíblia sagrada. Foi utilizada também a busca em sites sobre divindades pagãs dos tempos bíblicos, não entrando na pesquisa deuses cujos nomes não aparecem nas Escrituras (salvo os do Egito e em sua descrição explico as causas).
Por ser uma pesquisa realizada com esforços próprios e sem a utilização de material mais aprofundado percebo o seu caráter menos detalhado por se deixar de fora algumas divindades que aparecem principalmente nos relatos dos Profetas.  As delimitações dadas a esta pesquisa foram por ordem de importância e aparecimento nos relatos das Sagradas Escrituras, o que já torna tal trabalho desafiador.

·           DEUSES DO EGITO:

Os deuses do Egito não possuem seus nomes colocados na Bíblia mais as referencias de (Ex 12.12 e Ex 18.11) mostram que o Senhor em cada uma das pragas para realizar juízo sobre todos os deuses do Egito e por isso abaixo esta a lista dos principais deuses do Egito ligados às pragas.

Anúbis: deus da morte

Rá: deus das trevas e deus do sol

Set: Protetor da colheita

Ísis: Deusa da vida

Knum: Guardião do Nilo

Hapi: Espírito do Nilo

Hect: Tinha forma de rã

Hathor: deusa mãe com forma de vaca

Mnevis: Touro sagrado

Imotepe: deus da medicina

Hórus: deus das trevas e deus do sol

Osíris: Doador da vida (Nilo era seu sangue)


Nut: deusa do céu


·         DEUSES BABILÔNICOS

Bel – Marduque:

Bel – Marduque ou Marudaque é a principal divindade babilônica que aparece no nome modificado de Daniel (Beltessazar = Bel proteja sua vida). Em Dn 1.2 aparece que os utensílios da Casa do Senhor foram levados para a casa do deus da Babilônia, Bel.

·           DEUSES DAS DEMAIS NAÇÕES


Aserá:
Uma deusa-mãe canaanita conhecida como deusa da fertilidade e do amor que se assemelha a deusa Afrodite e Diana (deusas gregas e romanas das cidades de Corinto e Éfeso respectivamente). Em algumas culturas ela é vista como mãe de Baal.
Asera ou aserá era adorada em forma de poste-idolo ou árvore nos os montes de Israel como relatado em Dt 16: 21 “Não plantarás nenhuma árvore como aserá, ao pé do altar do Senhor teu Deus, que fizeres”.
.
Dagom:
Dagon é o principal deus dos filisteus, aparece pela primeira vez no livro de Juízes na história de Sansão (Jz 16.23), mas a referencia mais marcante é a de (I Sm 5) onde Deus aparece fazendo juízo contra este deus humilhando-o dentre de seu próprio templo, o que causou grande temor entre as cidades filistéias.

Baal:
Principal deus dos fenícios cujo nome significa marido, senhor ou esposo. A maior parte da congregação de Israel o seguiu chegando ao ponto de o Senhor achar apenas 7.000 homens dentre o povo, que não dobraram seus joelhos a este deus como esta relatado em I Reis 19: 18.
Em Ezequiel 23.1-49, Deus nos alerta que seu povo tinha se transformado numa prostituta (Aolá e Aolibá) indo atrás de outro marido que é uma citação direta que nos mostra o grau de alcance que a adoração a baal chegou entre os Hebreus.
A maior parte dos reis de Israel serviram a outros deuses, muitos deles, adoravam a baal e aqueles que não adoravam também não retiravam suas imagens das cidades israelitas. Um dos exemplos mais significativos é o de Acabe, considerado o pior rei de Israel, que casou com Jezabel cujo nome significa “Esposa de baal”, filha de Etbaal (de baal) rei dos Sidônios como relata (I Re 16.31). Além de oficializar o culto a baal entre o povo de Israel já sob o reino dividido do norte.
Baal é conhecido também como o deus do sol, chuva, trovões, fertilidade e da agricultura.

Moloque:

 Moloque, também conhecido como a “abominação dos amonitas” (I Re 11.7). O termo abominação é oriundo dos sacrifícios exigidos por este deus pagão, pois Moloque exigia de seus seguidores o sacrifício humano, mais especificamente crianças, por isto sua imagem é feita como um forno onde eram realizadas as ofertas.
Deus em sua revelação nunca exigiu de seu povo o sacrifício humano e proibiu expressamente que o povo passasse seus filhos pelo fogo (Lv 18.21) e em (Lv 20.2) condenou a morte todos que dentre o povo sacrificasse a este deus. Em Israel estes sacrifícios a Moloque ficaram tão constantes que até mesmo o rei Acaz passou seu filho pelo fogo (I Re 16.2-3).

Rainha do Céu:

A rainha do céu, conhecida também como semirames para alguns povos pagãos é a deusa citada em (Jr 7.18). Onde o contexto indica que parte do povo passou a oferecer sacrifícios e libações a esta deusa. Alguns pesquisadores associam esta deusa pagã com a imagem de “nossa senhora” adorada pelos católicos.


Bezerro de Ouro:

O Bezerro de ouro aparece em dois momentos distintos na história de Israel. O primeiro momento foi com o povo recém-saído da terra do Egito que, por medo do sumiço de Moisés, pensou que este havia morrido no monte e como Israel foi um povo formado no território do Egito, que é um povo politeísta, sendo acostumado às imagens daquilo que adoravam, rapidamente pediram para Arão para que criasse estas imagens de fundição Ex 32.4-5. Alguns teólogos utilizam esta passagem para afirmar que este bezerro não se trata de outro deus mais sim que o povo realmente pensava ser esta a “imagem do Senhor que os tirou do Egito”.
O segundo momento foi a partir do reino dividido e sob o governo de Jeroboão, onde o rei por medo do povo se voltar para Roboão por conta dos dias de adoração que segundo a lei deveria ser realizada no lugar que o Senhor escolhesse, isto é, Jerusalém (Dt 12.14), mandou fazer dois bezerros de fundição e instituiu a adoração a estes sobre  Israel, uma prática seguida por quase todos os demais reis de Israel (I Re 12.28). Este pecado ficou conhecido como o “o caminho ou pecados de Jeroboão”.


Quemós
Quemós, um deus pagão conhecido também como a “abominação dos moabitas” e segundo o relato de Jeremias esta divindade de Moabe possuía até mesmo sacerdotes entre o povo de Israel.
II Reis 23: 13 O rei profanou também os altos que estavam ao oriente de Jerusalém, à direita do Monte de Corrupção, os quais Salomão, rei de Israel, edificara a Astarote, abominação dos sidônios, a Quemós, abominação dos moabitas, e a Milcom, abominação dos filhos de Amom.
Jeremias 48: 7 Pois, porquanto confiaste nas tuas obras e nos teus tesouros, também tu serás tomada; e Quemós sairá para o cativeiro, os seus sacerdotes e os seus príncipes juntamente.

Neustã:

Neustã é o nome dado a serpente de bronze presa no madeiro, feita por Moisés no deserto para que todo aquele que fosse picado pelas serpentes venenosas olhando para ela fosse curado (Nm 21. 6-9).
Em jo 3.14 vemos que esta serpente de bronze é um tipo de Cristo que simboliza que todo aquele que olhar para seu sacrifício no madeiro viverá.
Neustã é citada em (II Re 18.4) passagem que nos mostra que no decorrer dos anos esta serpente feita por Moisés passou a ser adorada pelo povo como se fosse uma divindade lha servindo até com incensos. Sua imagem foi retirada de Israel por Ezequias filho de Acaz rei de Judá (II Re 18.1).

Nebo:
Isaías 15: 2 Subiu a filha de Dibom aos altos para chorar; por Nebo e por Medeba pranteia Moabe; em todas as cabeças há calva, e toda barba é rapada.



Tamuz:
Uma divindade dos Sumérios. Segundo a história mitológica Tamuz é um humano que veio a se tornar um deus associado com a agricultura e vegetação. Um deus que segundo a tradição mitológica foi um jovem que morreu e ressuscitou no ano seguinte (como acontece com a vegetação todos os anos)
Na Bíblia Tamuz aparece sendo adorado dentro do Templo do Senhor onde as mulheres do povo aparecem chorando por razão de sua “morte” (Ez 8.14).
Ezequiel 08: 14 “Depois me levou à entrada da porta da casa do Senhor, que olha para o norte; e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando por Tamuz."

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Deus deseja ter um relacionamento pessoal conosco, e a nossa alma anseia responder a esse desejo do coração de Deus. O vazio que sentimos no mais profundo do nosso ser só pode ser preenchido pelo Amor Eterno que emanou da Cruz e que chega até nós através do convite do Espirito Santo.
E que convite é este? a resposta é simples mas tão poderosa que vai mudar tudo que somos e pensamos... a resposta é: DEIXE EU FAZER PARTE DA SUA VIDA.
Abra espaço para Deus agir em seu coração hoje, diga a Ele como você se sente e deixe Ele e apenas Ele cicatrizar tuas feridas. Deus te abençoe.

Os caminhos percorridos pelo Tabernáculo - Do deserto até Jerusalém.

O TABERNÁCULO



A Tenda do “Encontro”, mais conhecido como Tabernáculo, esteve entre o povo de Israel durante um período de mais ou menos 360 anos desde a época de Moisés até o reinado de Salomão onde o tabernáculo foi substituído pelo Templo.
Com a morte de Moisés e a chegada do povo à Canaã, o Tabernáculo foi estabelecido em Siló conforme o mandado do Senhor. (Dt 12.5/Js 18.1).
O Tabernáculo permaneceu em Siló até a derrota do povo de Israel frente aos Filisteus, episódio onde morreram os filhos do Sacerdote Eli, Hofni e Finéias (I Sm 4), e a partir deste momento, ao que parece, o Tabernáculo foi transferido para cidade de Nobe, cidade que fica perto de Gibeá no território de Benjamim à apenas alguns km de Jerusalém.



Para alguns comentaristas o Tabernáculo saiu de Siló e foi direto para Gibeão, mas segundo o texto de (I Sm 21) Davi fugindo do rei Saul vai até Nobe se encontrar com o Sacerdote Aimeleque e ali ele pede comida para ele e seus homens e o Sacerdote oferece os “Pães da Presença” que ficava diante do Senhor no Lugar Santo “E sobre a mesa porás os pães da  proposição perante mim continuamente” Ex: 25.30. Só quem poderia comer desses pães eram “Arão e seus filhos” representando assim toda a linhagem sacerdotal:
“... Em cada dia de sábado, isso se porá em ordem perante o Senhor continuamente; e, a favor dos filhos de Israel, um pacto perpétuo. Pertencerão os pães a Arão e a seus filhos, que os comerão em lugar santo, por serem coisa santíssima para eles, das ofertas queimadas ao Senhor por estatuto perpétuo.” (Lv 24.8-9).
E foi este justamente o momento em que o Sacerdote Aimeleque ofereceu os Pães Sagrados a Davi e a seus homens, no dia em que estes seriam trocados por Pães “quentes” ou “novos” (ISm 21.6).
Estas referências nos mostram que todo o conjunto do Tabernáculo tinha sido transferido para Nobe logo que saíra de Siló. Um ponto importante é que a Arca da Aliança não estava mais no Tabernáculo em Nobe, pois a Arca do Senhor tinha sido tomada dos filhos de Israel na guerra contra os Filisteus e levada para Asdode e logo depois introduzida no templo do deus Dagon “Os filisteus, pois, tomaram a arca de Deus, e a levaram de Ebenézer a Asdode. Então os filisteus tomaram a arca de Deus e a introduziram na casa de Dagom, e a puseram junto a Dagom” (I Sm 5.1-2). Após uma série de pestes, em que Deus julgou os deuses Filisteus (I Sm 5.7), eles fizeram subir a Arca para Bete-Semes (Israel) e de Bete-Semes a Arca foi levada a Quiriate-Jearim na casa de Abinadabe (ISm 7.1) e da casa de Abinadabe a Arca foi trazida por Davi até Obede-Edom onde ficou por 3 meses por causa da morte de Uzá (II Sm 6.11) e após os 3 meses subiu a Jerusalém (A cidade de Davi).
A Arca de Deus neste tempo estava “habitando” em uma tenda que não era o Tabernáculo, pois o Tabernáculo se encontrava em Gibeão “Pois o tabernáculo do Senhor que Moisés fizera no deserto, e o altar do holocausto, estavam naquele tempo no alto de Gibeão(I Cr 21-29) e a Arca em Sião “para fazerem subir da cidade de Davi, que é Sião, a arca do pacto do Senhor” (II Cr 5.2). O Tabernáculo após subir de Nobe permaneceu em Gibeão até a construção do Templo de Salomão onde os utensílios do Tabernáculo e a Arca foram trazidos para o Templo (II Cr 5).





Por: Dennis Gusmão Almeida